domingo, 11 de abril de 2010

Vulcão



Existem diferentes classificações dos chamados aparelhos vulcânicos:

1) - Câmara magmática, local onde se encontra acumulado o magma, normalmente se situa em regiões profundas das crostas continental e oceânica. Em algumas vezes, chega a atingir a parte superior do manto;

2) - Chaminé vulcânica, é o canal, fenda ou abertura que liga a câmara magmática com o exterior e é por onde ascendem os materiais vulcânicos;

3) - Cratera, abertura ou depressão mais ou menos circular, em forma de funil, situada ao topo da chaminé do vulcão;

4) - Cone vulcânico, elevação de forma cônica que se forma por acúmulo dos materiais expelidos do interior das crostas (lavas, cinzas e fragmentos de rochas), durante a erupção vulcânica.

Além da chaminé principal, podem ser formadas outras áreas de escape do material vulcânico, denominados filões, assim como se desenvolvem outras maneiras de escape para o elemento magmático, sendo expelidos em cones laterais secundários ou adventícios ao próprio cone principal.

A cratera apresenta ainda, paredes verticais ou muito inclinadas, depressão do conduto irregular da chaminé que a coloca em comunicação com o núcleo ascendente interior. Os materiais que o vulcão expele em seus eventos, se acumulam e dão origem à montanha vulcânica.

Os vulcões ainda se dividem em ativos, calmos e extintos.

Um exemplo de vulcão ativo é o Pinatubo nas Filipinas que em 1991 entrou em erupção alterando sua condição geográfica, onde o monte Pinatubo reduziu suas medidas de 1.800 m, para 1.400 m. O Efeito da erupção se assemelhou à uma imensa rolha que foi lançada para a atmosfera da Terra. Até aquela data, este vulcão era considerado extinto, mas quando entrou em atividade, deixou um rastro de destruição e lançou tão elevada quantia de fragmentos, poeira e terra para a atmosfera do planeta, que permaneceram por cerca de três semanas e cobriu 42 % do globo. Nas Filipinas, um ciclone sucedeu ao fenômeno e acabou trazendo a imensa poeira em forma de lama que cobriu plantações, casas, pontes, vilarejos e povoados inteiros. Desde então o Pinatubo já entrou em erupção diversas vezes, sendo as mais expressivas as de Maio de 1994 e Agosto de 2002.

O inverno extremamente rigoroso da Nova Zelândia no ano de 1992, os violentos ciclones daquele ano na região, assim como as chuvas torrenciais que alagaram o meio-oeste dos Estados Unidos em 1993, foram atribuídos aos efeitos atmosféricos ocasionados pelo Pinatubo. Em julho de 1995, chuvas torrenciais transformaram em rios de lama as cinzas e as rochas depositadas na encosta do vulcão durante a erupção de 1991; cerca de 7.800 pessoas tiveram de fugir da lama, que invadiu várias localidades com uma altura de até três metros e cobriu pelo menos 266 casas.

Um vulcão inativo, ou extinto, se situa no Brasil no Sul de Minas Gerais e atualmente comporta a cidade de Poços de Caldas, uma área de 30 km de diâmetro na condição de um planalto elíptico. Sua caracterísitca geológica lhe confere a formação de lençóis freáticos e uma diversidade de minas d'agua em que elas saem com 45 graus centígrados.

A grande quantidade de minérios observados na região também se deve a esta condição. Na verdade, o local em que se apresenta a cidade de Poços de Caldas foi no passado, um vulcão que teve atividade prolongada e muito ativa, de onde foram expelidos fragmentos e o magma que percorreram o interior do Estado de São Paulo até o Norte do Paraná. A atribuição do nome "Terra Roxa" para as características do solo destas regiões não é fruto do acaso. Quando em erupção, a imensa lava que foi lançada, se estendeu por toda esta área e com isso o solo se enriqueceu e diferenciou-se de regiões mais próximas.

A situação em que se encontra o território brasileiro percebendo estabilidade na placa do Atlantico Sul e placa da América do Sul, permite compreender que este vulcão esteja realmente extinto, visto que não apenas deixa de apresentar anomalias, como também não possui sequer tremores de terra que lhe favoreceriam seu ressurgimento.">

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Geadas


A geada do ponto de vista meteorológico ocorre quando a temperatura atinge 0oC sobre
as superfícies expostas. Após o congelamento do orvalho e com a continuação da queda
da temperatura, o vapor d'água do ar em contato com a superfície fria passa diretamente
para o estado sólido, se depositando sobre as superfícies e conferindo um aspecto
esbranquiçado sobre a paisagem.
Para a agricultura, o conceito de geada está relacionado com danos. Para o café,
temperaturas nas folhas entre -3oC e -4oC matam os tecidos. No tronco, pode ocorrer a
morte a partir de -2oC.
Como a geada ocorre?
A geada ocorre devido à queda de temperatura abaixo do nível de dano da cultura. No
Paraná, sempre está associada com a passagem de massas polares de grande
intensidade, que se deslocam preferencialmente de Sudoeste para Nordeste. Quando há
queda intensa de temperatura provocada pela massa de ar polar, em ausência de nuvens
e baixa umidade do ar, o resfriamento noturno é intenso, podendo atingir o nível de dano
de muitas espécies vegetais.
Geada branca e Geada negra
Estes tipos de geada são denominados em função da aparência. A geada branca é a
típica geada de radiação, com deposição de gelo sobre as plantas, o que confere uma
coloração branca sobre a vegetação. Muitas vezes a geada branca não provoca danos
para culturas mais tolerantes, pois embora a água congele a 0oC, a temperatura letal
pode estar bem abaixo deste valor. A geada negra típica ocorre quando o ar está muito
seco e a planta morre antes que ocorra formação e congelamento do orvalho. Nas
condições brasileiras normalmente se conhece como Geada Negra os danos de ventos
frios que desidratam os tecidos expostos. Por isso também se chama a geada negra de
geada de vento.
Geada de canela
Em noites estáveis, com o resfriamento intenso devido à perda de calor para o espaço, o
ar frio, por ser mais denso, acumula-se próximo à superfície, formando um gradiente,
denominado de inversão térmica, por ser justamente a condição contrária do que ocorre
durante o dia. Assim, a temperatura mínima próximo à superfície pode atingir valores
negativos, enquanto próximo à copa dos cafeeiros os valores podem ser 3 a 4oC mais
elevados. Quando a temperatura junto ao tronco cai abaixo de -2oC ocorrem danos aos
tecidos externos que podem levar a planta à morte. Este dano é denominado de “geada
de canela” ou “canela de geada”.

Ciclones


Os ciclones são movimentos circulares de ar fortes e rápidos. Recebem o nome de furacões ou tufões dependendo do lugar em que se formam, respectivamente nos oceanos Atlântico ou Pacífico. Já os fenômenos denominados de tornados, como o da foto acima, são movimentos de ar localizados, mas muito destruidores. O gráfico abaixo mostra a freqüência de ocorrência de tornados no mundo nos últimos anos (obtido no site http://www.accuweather.com). Observa-se que apesar de haver uma oscilação cíclica ao longo dos anos e de um ligeiro decréscimo na ocorrência dos tornados considerados fortes, a tendência é de um crescimento contínuo da somatória de todos os tipos de tornados (Obs.: Nos dias 3 e 4 de abril de 1974 os Estados Unidos foram assolados por 148 tornados):


Aliás, em relação aos tornados fortes e violentos, qualquer temporada "atípica" já pode fazer crescer sua incidência. Em fins de fevereiro de 1998, por exemplo, uma série de 12 tornados atingiu a Flórida com ventos de 400 quilômetros por hora, matando pelo menos 38 pessoas, ferindo 250 e reduzindo bairros inteiros a montanhas de madeira, metal retorcido e vidro quebrado. Esta série de tornados matou mais pessoas que o furacão Andrew, um dos mais destruidores do século, que deixou um saldo de 32 mortes nos EUA em 1992. Segundo o Serviço Nacional de Meteorologia, o número de vítimas foi o maior desde que as informações começaram a ser coletadas, há 50 anos... Em abril de 1998, uma nova série de tornados devastou os Estados do Alabama, Geórgia e Mississipi, causando 42 mortes e deixando pelo menos 104 feridos. Num único condado do Alabama, 500 casas foram destruídas e outras 400 sofreram danos graves; o governador do Estado disse ter sido a pior tormenta que ele já havia visto.

Os ciclones são classificados em 5 categorias, de acordo com a força dos ventos. Na categoria 1 — intensidade mínima, os ventos estão entre 118 km/h e 152 km/h (na prática, até 130 km/h o fenômeno é chamado de tempestade tropical, e a partir daí de furacão). Na categoria 2 — intensidade moderada, os ventos variam de 153 km/h a 176 km/h. Na categoria 3 — intensidade forte, os ventos ficam entre 177 km/h e 208 km/h. Na categoria 4 — intensidade extrema, os ventos situam-se entre 209 km/h e 248 km/h. Na categoria 5 — intensidade catastrófica, os ventos passam de 249 km/h.

De acordo com o cientista e ambientalista Dr. Joe Strykowski, os furacões são as formações atmosféricas mais poderosas da natureza. Segundo ele, um furacão de média intensidade produz energia equivalente ao consumo de eletricidade dos Estados Unidos durante seis meses. As chuvas provocadas pelo fenômeno também são descomunais. Já se registrou uma precipitação de 2.400 mm num período de quatro dias durante a passagem de um furacão pela Jamaica. Para se ter uma idéia do que esta marca significa, basta imaginar que uma piscina vazia, de qualquer tamanho, e com 2,4 m de profundidade teria sido enchida até a boca em quatro dias de chuva...

Vendavais


São perturbações marcantes no estado normal da atmosfera. Deslocamento violento de uma massa de ar, de uma área de alta pressão para outra de baixa pressão.

Os vendavais, também chamados de ventos muito duros, correspondem ao número 10 na escala de Beaufort, compreendendo ventos cujas velocidades variam entre 88,0 a 102,0 km/h.

Os ventos com velocidades maiores recebem denominações específicas:

* 103,0 a 119,0 km/h ciclone extratropical
* Acima de 120,0 km/h ciclone tropical ou furacão, tufão.

Os vendavais são provocados pelo deslocamento violento de uma massa de ar. Normalmente são acompanhados de precipitações hídricas intensas e concentradas, que caracterizam as tempestades. O superaquecimento local, ao provocar a formação de grandes cumulunimbus isolados, gera correntes de deslocamentos horizontal e vertical de grande violência e de elevado poder destruidor.

As tempestades relacionadas com a formação de cumulunimbus são normalmente acompanhadas de grande quantidade de raios e trovões.
Danos
Os vendavais ou tempestades

* Derrubam árvores e causam danos às plantações
* Derrubam a fiação e provocam interrupções no fornecimento de energia elétrica e nas comunicações telefônicas
* Provocam enxurradas e alagamentos
* · Produzem danos em habitações mal construídas e/ou mal situadas
* Provocam destelhamento em edificações
* Causam traumatismos provocados pelo impacto de objetos transportados pelo vento, por afogamento e por deslizamentos ou desmoronamentos.

Os vendavais ocorrem em qualquer parte da Terra, em qualquer país. No Brasil, os vendavais são mais freqüentes nos Estados da Região Sul: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

Inundações


As inundações aumentam continuamente em todos os países da Terra. A cada ano elas surgem com ímpeto redobrado, acarretando a destruição de cidades e vilas, perdas agrícolas, doenças e mortes.

De acordo com dados do World Almanac, em todo o século XIX foram registradas três grandes inundações, onde pereceram cerca de 938 mil pessoas. No século XX, até agosto de 1996, haviam ocorrido 82 grandes inundações em diversos pontos do globo, as quais mataram aproximadamente 4 milhões e 72 mil pessoas. Um exemplo localizado é o rio Mississipi, nos Estados Unidos, que ocasionou apenas uma grande inundação em todo o século passado (em 1844); no nosso século, esse mesmo rio já provocou oito grandes inundações (até 1993)

Na primeira metade do século, o número de grandes inundações por década oscilou entre 2 e 3. Na década de 50 houve um salto para 6 inundações. Já nas décadas de 60, 70 e 80 o número de inundações variou entre 15 e 18. Em média, o número de grandes inundações nos últimos anos cresceu mais de 6 vezes em relação aos anos do começo do século. Na década de 90 ocorreram 26 grandes inundações até agosto de 1996.

Esse aumento tão significativo é uma decorrência da intensificação dos efeitos do Juízo Final, que força tudo a se movimentar cada vez mais aceleradamente, abrangendo também, naturalmente, os fenômenos da natureza. Um exemplo: de acordo com o relatório Word Disasters Report, da Cruz Vermelha Internacional, a partir de 1979 a Jamaica passou a sofrer inundações a cada 1,5 ano em média, afetando diretamente mais de 420 mil habitantes. A inundação de 1979 criou um lago de 600 acres com 27 m de profundidade na região de Newmarket...

Terremotos


Terremoto ou sismo são tremores bruscos e passageiros que acontecem na superfície da Terra causados por choques subterrâneos de placas rochosas da crosta terrestre a 300m abaixo do solo. Outros motivos considerados são deslocamentos de gases (principalmente metano) e atividades vulcânicas. Existem dois tipos de sismos: Os de origem natural e os induzidos.

As maiorias dos sismos são de origem natural da Terra, chamados de sismos tectônicos. A força das placas tectônicas desliza sobre a astenosfera podendo afastar-se, colidir ou deslizar-se uma pela outra. Com essas forças as rochas vão se alterando até seu ponto de elasticidade, após isso as rochas começam a se romper e libera uma energia acumulada durante o processo de elasticidade. A energia é liberada através de ondas sísmicas pela superfície e interior da Terra.

Calcula-se que 10% ou menos da energia de um sismo se reproduz por ondas sísmicas. Existem também sismos induzidos, que são compatíveis à ação antrópica. Originam-se de explosões, extração de minérios, de água ou fósseis, ou até mesmo por queda de edifícios; mas apresentam magnitudes bastante inferiores dos terremotos tectônicos.

As conseqüências de um terremoto são:
• Vibração do solo,
• Abertura de falhas,
• Deslizamento de terra,
• Tsunamis,
• Mudanças na rotação da Terra.

Além de efeitos prejudiciais ao homem como ferimentos, morte, prejuízos financeiros e sociais, desabamento de construções etc. As regiões mais sujeitas a terremotos são regiões próximas às placas tectônicas como o oeste da América do Sul onde está localizada a placa de Nazca e a placa Sul-Americana; e nas regiões em que se forma novas placas como no oceano Pacífico onde se localiza o Cinturão de Fogo. O comprimento de uma falha causada por um terremoto pode variar de centímetros a milhões de quilômetros como, por exemplo, a falha de San Andreas na Califórnia, Estados Unidos.

Só nos Estados Unidos acontecem cerca de 13 mil terremotos por ano que variam de aproximadamente 18 grandes terremotos e um terremoto gigante sendo que os demais são leves ou até mesmo despercebidos.
A escala mais usada para medir a grandeza dos terremotos é a do sismólogo Charles Francis Richter. Sua escala varia de 0 a 9 graus e calcula a energia liberada pelos tremores. Outra escala muito usada é a Mercalli-Sieberg, que mede os terremotos pela extensão dos danos. Essa escala se divide em 12 categorias de acordo com sua intensidade.

Por Gabriela Cabral
Equipe Brasil Escola

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Nevasca


O encontro entre nuvens do tipo Stratus ou à partir de nuvens do tipo Cumulus, pode conduzir à precipitação de cristais de gelo translúcidos ou brancos com formato hexagonal e com ramificação complexa, identificados como neve. Estes cristais se agrupam em flocos à medida em que precipitam na atmosfera. Sua condição em estado vítreo e cristalino permite a presença de elementos gasosos em seu interior, algo que lhe confere maior leveza do que o estado aglutinado em que se observam as pedras de gelo que incidem nas atividades em forma de granizo, o que lhe dá a condição de resistência na atmosfera, caindo em velocidade inferior à que existiria na forma aglutinada.

Quando o volume de neve que precipita é elevado em razão da imensa massa da qual se componham as nuvens que a tenham originado, temos também outra realidade que é a associação de uma massa de ar expressiva proporcionando velocidade significativa (superior à 56 km/h). Este conjunto de fatores quando associados darão origem à ocorrência de uma nevasca.

Em geral, a primeira conseqüência deste efeito é a diminuição da visibilidade mesmo durante o período diurno, fazendo com que não se consiga obter visão superior à 400 m, persistindo por várias horas (em geral com duração de duas à três horas).

Quanto maior for a precipitação, maior será a velocidade dos ventos e isso está relacionado à vazão de sua massa e volume da mesma.

Sempre que a velocidade estiver maior do que 75 km/h, temos a consideração de uma nevasca violenta e sua temperatura será inferior à -15°C. C com visibilidade menor que 50 m.

Estas condições adversas que conduzem à precipitação de gelo estão relacionadas diretamente à proximidade com um dos dois extremos do planeta e ação direta ou indireta da massa de ar polar que lhes confere a diminuição de temperatura das massas de ar que lhe darão origem.

Deste modo, as ocorrências de nevascas é maior para regiões muito próximas à regiões polares como o extremo Norte da América do Norte, Groenlândia, Islândia, Noruega, Suécia, Rússia, Ilhas Kurilas, Alaska, Japão, Antártida, Sul da Argentina e Chile.

A ocorrência de nevascas também é comum para as instabilidades ocasionais em montanhas pela oportunidade de concentração das massas de ar nas altitudes que lhe são favoráveis, visto que a sua permanência na atmosfera da Terra é em cerca de 2.000 pés de altitude quando da sua formação em nuvens do tipo Stratus

A Cadeia dos Andes por exemplo, é uma região propícia para a ocorrência deste fenômeno, da mesma maneira como o Monte Everest e o Himalaia, apesar de não se apresentarem tão próximos dos Círculos Polares, mas a realidade da temperatura reduzida nas montanhas, favorece a sua ocorrência.