quinta-feira, 8 de abril de 2010

Nevasca


O encontro entre nuvens do tipo Stratus ou à partir de nuvens do tipo Cumulus, pode conduzir à precipitação de cristais de gelo translúcidos ou brancos com formato hexagonal e com ramificação complexa, identificados como neve. Estes cristais se agrupam em flocos à medida em que precipitam na atmosfera. Sua condição em estado vítreo e cristalino permite a presença de elementos gasosos em seu interior, algo que lhe confere maior leveza do que o estado aglutinado em que se observam as pedras de gelo que incidem nas atividades em forma de granizo, o que lhe dá a condição de resistência na atmosfera, caindo em velocidade inferior à que existiria na forma aglutinada.

Quando o volume de neve que precipita é elevado em razão da imensa massa da qual se componham as nuvens que a tenham originado, temos também outra realidade que é a associação de uma massa de ar expressiva proporcionando velocidade significativa (superior à 56 km/h). Este conjunto de fatores quando associados darão origem à ocorrência de uma nevasca.

Em geral, a primeira conseqüência deste efeito é a diminuição da visibilidade mesmo durante o período diurno, fazendo com que não se consiga obter visão superior à 400 m, persistindo por várias horas (em geral com duração de duas à três horas).

Quanto maior for a precipitação, maior será a velocidade dos ventos e isso está relacionado à vazão de sua massa e volume da mesma.

Sempre que a velocidade estiver maior do que 75 km/h, temos a consideração de uma nevasca violenta e sua temperatura será inferior à -15°C. C com visibilidade menor que 50 m.

Estas condições adversas que conduzem à precipitação de gelo estão relacionadas diretamente à proximidade com um dos dois extremos do planeta e ação direta ou indireta da massa de ar polar que lhes confere a diminuição de temperatura das massas de ar que lhe darão origem.

Deste modo, as ocorrências de nevascas é maior para regiões muito próximas à regiões polares como o extremo Norte da América do Norte, Groenlândia, Islândia, Noruega, Suécia, Rússia, Ilhas Kurilas, Alaska, Japão, Antártida, Sul da Argentina e Chile.

A ocorrência de nevascas também é comum para as instabilidades ocasionais em montanhas pela oportunidade de concentração das massas de ar nas altitudes que lhe são favoráveis, visto que a sua permanência na atmosfera da Terra é em cerca de 2.000 pés de altitude quando da sua formação em nuvens do tipo Stratus

A Cadeia dos Andes por exemplo, é uma região propícia para a ocorrência deste fenômeno, da mesma maneira como o Monte Everest e o Himalaia, apesar de não se apresentarem tão próximos dos Círculos Polares, mas a realidade da temperatura reduzida nas montanhas, favorece a sua ocorrência.

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